sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Inscrições para estudantes da UFRB

Viemos pontuar algumas informações que foram distorcidas ou faltaram ser divulgadas.

1º) As inscrições para os estudantes da UFRB irão permanecer no valor de R$ 50 até o dia do evento.

2º) Foi feito um acordo para aqueles que possuem residência/auxílio alimentação no RU em que as inscrições custam R$ 25, não somente por conta do custo por alimentação, mas por que a estrutura do RU vai estar voltada para o congresso durante os 9 dias.

3º) Solicitamos a publicação dessas informações no site da UFRB, porém a comissão vem não tivemos retorno sobre o pedido de alteração do evento, talvez por conta da paralisação dos servidores.

4º) Aqueles residentes que não estavam por dentro da informação do valor de R$ 25 e pagaram os R$ 50, podem entrar em contato com alguém no Quarto 9 da Residência Hospício (quarto de Santiago, Rafael e Eliaber) ou durante o credenciamento para pegarem o troco de R$ 25.

5º) O mesmo vale para estudantes da UFRB que pagaram R$ 70 (pegar troco de R$ 20).

6º) Se possível anexar um comprovante do auxílio no e-mail de inscrição.

Nos desculpamos pela falta de clareza de algumas informações que foram circulandas e esperamos a compreensão de tod@s!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Justiça determina desocupação do Rio dos Macacos em até 15 dias

A Justiça Federal determinou a desocupação dos moradores do Quilombo Rio dos Macacos, localizado a poucos metros da Base Naval de Aratu, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana. O terreno é alvo de disputa entre a Marinha do Brasil, que considera a terra de sua propriedade, e os quilombolas.

Em nota, a Defensoria Pública da União na Bahia informa que foi surpreendida com a decisão nesta terça-feira (7). A ordem é que a desocupação dos moradores seja feita no prazo de 15 dias, sob pena de retirada compulsória.

A decisão, que compreende dois dos três processos ligados ao caso, é do juiz Evandro Reimão dos Reis. O magistrado conservou a própria decisão liminar que, em novembro de 2010, determinou a desocupação da área.

O defensor Átila Dias informou que pretende recorrer contra a decisão perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) classificou Rio dos Macacos como área quilombola. Mas o governo federal ainda não autorizou a publicação, medida que daria valor legal ao relatório.

Realocação
Uma proposta em elaboração pelo governo cogita a realocação das famílias quilombolas para um terreno localizado a 500 metros do local. Esse é o principal ponto de divergência entre os moradores e o governo.

No último dia 1º, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, se reuniu com o ministro da Defesa, Celso Amorim, para tratar do assunto. Ao final do encontro, Carvalho se disse confiante em um acordo.

"Nós estamos fazendo uma proposta para a população e esperamos que ela possa ser aceita", disse ao comentar a contraproposta da Marinha em ceder parte da área que considera de sua propriedade para que os quilombolas possam ter uma entrada independente à região.

Desde 2010, a Marinha pretende ampliar as instalações da base, onde residem 450 famílias de militares.

Os quilombolas alegam que o lugar onde moram atualmente é o único com acesso ao rio, após a construção de uma barragem. De acordo com o advogado de defesa dos quilombolas, Maurício Correia, continua firme a posição da comunidade em permanecer no local. Ele informou que a posição é reforçada, principalmente, pelo relatório do Incra.

"A população se mantém firme na posição de não sair da área. Muitos têm umbigo enterrado nas mangueiras e o respeito à relação da comunidade com o local onde mora é previsto na Constituição", disse o advogado à Agência Brasil.

"Além disso, o local onde atualmente se encontra a população é o único com acesso ao rio, desde que a  barragem foi construída. Sair da terra tradicionalmente sua também cria um precedente perigoso", argumentou.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Painéis Paralelos



A relação de luta e resistência entre as comunidades quilombolas e povos negros com o modelo capitalista.


Facilitador (a): NNNE/UFRB

Este painel abordará um pouco da problemática que o Povo Quilombola e os Povos de Terreiros enfrentam no dia a dia contra a especulação imobiliária, contra o preconceito e pelo direito fundamental à moradia.


 

Institucionalização do racismo (políticas afirmativas – cotas).
Facilitador (a): NNNE/UFRB

Espaço para debater a importância da luta pelas cotas, não só raciais, mas também sociais. Quais os avanços que temos tido nessas lutas aqui no Brasil e quais os desafios que ainda temos que enfrentar. E abordará também de que forma o racismo está impetrado nas instituições do estado Brasileiro.

 







O que é ser mulher e negra.
Facilitador (a): Vivian Libório (Ex-FEAB/Cruz das Almas)

A análise sobre a situação das mulheres negras evidencia ainda como as dimensões de gênero e raça estão interligadas. As trabalhadoras negras recebem os menores rendimentos ao comparar tanto com as mulheres brancas quanto com os homens negros e brancos. Desta formaeste painel busca retratar como estão presentes as desigualdades raciais e de gênero na sociedade.





Os grandes projetos do capital no Nordeste.
Facilitador (a): Leomárcio (MPA-BA)

 
Neste espaço abordaremos um pouco da conjuntura do Nordeste apontando em quais setores e de que forma o capital tem feito suas investidas nos últimos anos, dando enfoque nos grandes Projetos do Nordeste e da Bahia. Quais os desafios do atual momento, as lutas em curso, e quais conquistas tivemos. 





Diversidade Sexual
Facilitador (a): Léo (FSA)

Atualmente as relações sociais são regidas inquestionavelmente com base na heterossexualidade, ou seja, há um padrão hétero instituído socialmente a ser seguido por todos. A heteronormatividade é fruto de um sistema de dominação, que foi apropriado. Desta forma, as questões da diversidade sexual se relacionam e necessariamente se entrelaçam com a construção de um projeto societário emancipatório. Neste sentido esse painel busca mostrar que “a luta contra o patriarcado é também uma luta pelo socialismo por esta possibilitar a destruição de dominações, explorações e opressões, condição fundamental para a emersão de uma sociedade que permita a vivência plena da liberdade” (CISNE, 2010).



Lutas Anti-proibicionistas
Facilitador (a): Alana

Devemos acumular no debate das drogas, as condições dos usuários das distintas classes ou condições de vida apresentam grande diferenças. Além disso, o cenário global, e os elementos históricos deste debate apontam pra importância de darmos maior ênfase para este debate, afim de avançarmos no sentido da legalização das drogas.






Desenvolvimento Territorial
Facilitador (a): Gerônimo (MDA)

Painel que buscará trazer uma contextualização da organização dos Territórios de Identidade a importância da participação dos movimentos nos fóruns de discussão do território e quais as conquistas que esta organização tem rendido.






Campanha: Formação Profissional
Facilitador (a): Coordenação Nacional – FEAB

A universidade é o nosso principal local de atuação, pois acreditamos que todos devem ter direito a uma educação pública, gratuita, autônoma e de qualidade, e nela devemos discutir sobre questões inerentes a uma formação profissional crítica para que os estudantes compreendam a realidade em que estamos inseridos e possam contribuir para a mudançadesta. Para isso, a FEAB traz debates a cerca de uma formação de profissionais conscientes da realidade social e ambiental brasileira.




ATENÇÃO!!!

Companheirada,
as inscrições nos Painéis Paralelos serão feitos no 1º dia do CONEA no ato do credenciamento junto à Comissão Organizadora. Portanto futuros congressistas, vão pensando em qual Painel querem participar e se dividam nas escolas para que cada escola possa participar de todos os Painéis, e assim possam compartilhar os debates entre si!


AXÉ!!!

Assentamentos do Recôncavo Baiano iniciam produção agroecológica





Por Rafael Rodrigues
Do NEPPA/BA

31 de julho de 2012

“Precisamos produzir muitos alimentos saudáveis pra vender na cidade e ir colocar uma banca de nossa produção na frente da Monsanto, pra provar que podemos produzir sem agrotóxicos o que eles produzem”. Com essa frase, Dona Alvaci, do Assentamento Nova Panema resumiu o desejo de 50 famílias assentadas que, reunidas em um intercâmbio de experiências no Assentamento Recanto da Paz, no município de Mata de São João, iniciaram a implantação do Programa de Formação de Tutores em Agroecologia, uma parceria entre o Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA) e o MST, que irá atender quatro assentamentos do Recôncavo Baiano.

Reunidos no último domingo (29), estes assentamentos iniciaram a implantação de sistemas de produção agroecológica em suas áreas. Em um dia recheado de mística, trabalho coletivo e troca de saberes, diversas famílias dos Assentamentos Nova Panema, Bento, Santa Maria e Recanto da Paz, que recebeu o intercâmbio, puderam conversar sobre os desafios da produção nas áreas de Reforma Agrária e a necessidade de combater os agrotóxicos nas áreas de produção.
Após assistir o filme O veneno está na mesa, do cineasta baiano Silvio Tendler, diversos agricultores e agricultoras falaram da importância em combater os venenos agroquímicos.

“Antes de entrar no MST, eu trabalhava em uma fazenda aplicando venenos na lavoura. Um dia eu caí do trator, com intoxicação, e fiquei mais de 40 dias internado. Eu soltava uma espuma verde pela boca e minha mãe achou que eu ia morrer, que não ia mais melhorar”, contou Geraldo, assentado do Recanto da Paz e que hoje é referência na produção de hortaliças orgânicas.
“Os índios roçam todo o mato e, ao invés de queimar, juntam e plantam ali mesmo. Eles fazem isso a muito tempo, e sempre funciona. Precisamos aprender mais com eles. Hoje eu junto o resto da capina numa leira e planto minha batata, e nunca precisei usar veneno no meu lote”, disse ao ensinar seus companheiros e companheiras a prática da compostagem.

“Vou aprender a ler, pra ensinar meus camaradas”

A ideia principal do Programa de Formação de Tutores em Agroecologia é instalar sistemas agroecológicos de produção utilizando a Educação Popular como uma ferramenta de extensão rural, contribuindo com a formação de agricultores e agricultoras que possam levar essas técnicas a mais assentamentos, ajudando a difundir a agroecologia como uma política de produção do MST.
Cada assentamento atendido pelo programa irá construir coletivamente uma horta agroecológica, uma usina de compostagem, uma unidade de produção de húmus de minhoca e um viveiro florestal com capacidade para 6 mil mudas, a serem utilizadas para a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF).

Os assentamentos também receberam uma casa de farinha mecanizada e uma agroindústria de beneficiamento de frutas, que será usada de maneira coletiva pelos quatro assentamentos, através de uma cooperativa que se formará até o fim do ano.

Cada etapa de instalação destes sistemas de produção é feita através de oficinas pedagógicas, onde a equipe de Extensionistas Populares do NEPPA busca capacitar as famílias para que elas passem o conhecimento aos outros companheiros e companheiras.
“Antes a gente ficava em nossas áreas esquecidos, parecendo coisa velha guardada. Hoje a gente está vindo aqui no Recanto da Paz aprender com os companheiros, e também ensinar umas besteirinhas que estamos aprendendo no Santa Maria”, nos contou Francisco, um dos Agroecólogos Populares que estão em formação.

De camponês para camponês

Sempre trabalhando com a união entre a teoria e a prática, após o debate do filme O veneno está na mesa - e depois de um almoço feito com produtos agroecológicos da Reforma Agrária -, foram feitas alguns métodos agroecológicas que já estão sendo aplicadas nas áreas, e as famílias puderam relatar um pouco dos resultados obtidos com a adoção destas práticas.
As famílias assentadas do Recanto da Paz apresentaram as técnicas e a utilização do biofertilizante, da compostagem orgânica e da cobertura de solo. Cada técnica foi discutida entre as famílias, que trouxeram os resultados positivos que estão tendo com a adoção destas práticas sustentáveis.
Experimentador, Antônio relatou que “lá no meu lote eu uso em cima e uso em baixo. Misturo com água e boto no pé da planta e também pulverizo o biofertilizante para espantar os insetos. Até agora está funcionando, e acho que vai até melhorar por que a planta ficou mais viçosa depois que eu comecei a usar, e só faz umas duas semanas”.

Após a apresentação destas técnicas, as famílias seguiram para a horta coletiva do Recanto da Paz, que será ampliada com a chegada dos equipamentos de irrigação previstos pelo Programa, que já estão disponíveis para os assentamentos.
Uma área de solo degradada foi escolhida pelas famílias do Recanto da Paz para servir de área de experimentação para fazer a recuperação da vida do solo, e todo mundo pode colocar a mão na terra usando o biofertilizante, o composto e a cobertura de solo.
“Esse solo não está morto, está apenas desmaiado. Agora vamos dar um bom chá pra ele que ele vai levantar e ajudar a gente a produzir”, brincou Irani, do assentamento Santa Maria.

União Campo e Cidade

O intercâmbio também serviu para aproximar universitários da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que estão construindo a greve estudantil, às áreas de Reforma Agrária do MST.
Estudantes de Psicologia e de Engenharia Ambiental e Sanitária puderam conhecer a realidade da Reforma Agrária e vivenciar de perto as dificuldades que as famílias enfrentam para produzir, numa conjuntura em que o agronegócio recebe dez vezes mais recursos que a agricultura familiar.
Responsáveis por organizar toda a estrutura do intercâmbio, a equipe de Extensionistas Populares do NEPPA e os estudantes se organizaram em brigadas e dividiram as tarefas entre todos e todas.
Marisvaldo, do Assentamento Bento, falou da importância da juventude na luta pela Reforma Agrária. “Vocês são muito importantes em nossa luta, por que tem coisas que nós sabemos e passamos para vocês e tem coisas que vocês sabem e passam pra gente. É isso que vai fazer a Reforma Agrária melhorar”, falou aos estudantes.
Para Ana Maria, estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, foi um momento muito especial em sua vida. “Eu cheguei aqui ontem, e o que mais me impressionou foi essa força de vontade, essa garra em estar na terra e querer produzir. Isso me estimula e estudar cada vez mais e a estar aqui, aprendendo com vocês”, disse emocionada.

Fonte: http://www.mst.org.br/Assentamentos-do-Reconcavo-Baiano-iniciam-producao-agroecologica

terça-feira, 31 de julho de 2012

Como chegar em Cruz das Almas - UFRB


Companheirada,

Aqui vão algumas instruções de como chegar na cidade e na universidade por diferentes vias!

[O CONEA acontecerá no campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Rua Rui Barbosa, 710 - Centro - Cruz das Almas/BA - 44.380-000 - (75) 3621-2350]

Como chegar em Cruz das Almas?


Ônibus:


Um via é para quem vem da região sul, sudeste, sudoeste, que chegarão através da BR 101 direção sul/norte. A outra via é pela cidade de Feira de Santana onde se deve localizar a BR 101 direção norte/sul.

Chegando em Cruz das Almas siga as placas indicando Escola de Agronomia ou UFRB.

Por conta própria - Escala em Salvador:

1- AEROPORTO:
1.1- perguntar aos fiscais como sair do aeroporto e chegar ao ponto de ônibus para rodoviária;
1.2- pegar um taxi para rodoviária que custa em torno de 50 reais ou um ônibus circular com indicação Iguatemi ou Rodoviária que custa 2,80;
1.3- chegado na rodoviária procurar o guichê da Viação RD ou Camurugipe, que fazem a linha Salvador-Cruz das Almas e custa 23 reias (estas companhias são as que costumam realizar as viagens em horários mais frenquentes, mas existem Companhias como Santana e Aguia Branca que também realizam);
1.4- chegando na rodoviária de Cruz tem a opção de taxi (8 reais), mototaxi (3 reias) ou a pé (um pouco de suor!) para chegar na UFRB. 



2- RODOVIÁRIA:
Siga as instruções 1.3 e 1.4 (do ponto anterior)



Por conta própria - Escala em Feira de Santana: 


1- RODOVIÁRIA:
1.1- Chegando na rodoviária procurar o guichê da Viação Santana, que faz a linha Feira de Santana-Cruz das Almas em horários frenquentes e custa 11 reias. (A Viação Águia Branca é outra opção);

1.2- Siga as instruções 1.3 e 1.4 (do primeiro ponto da escala por Salvador).




Qualquer dúvida: 

(75) 9977-3853 Santiago [Vivo] 
(71) 9243-9054 Rafael [TIM]

AXÉ!



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Reajuste no Preço das Inscrições do 55º CONEA

Companheirada,


conforme publicamos tempos atrás as inscrições custarão 50,00 até dia 30/07.
A Partir do dia 31/07 as inscrições à R$50,00 só serão aceitas com comprovante de depósito de até dia 30/07.
Comprovantes de depósito do dia 31/07 à 11/08 devem valer R$70,00.
A partir do dia 12/08 e durante o CONEA as inscrições serão R$90,00


Lembrando que este valor garante a alimentação (café, almoço e janta) e o alojamento durante os 9 dias de congresso, ótimos espaços/palestras/painéis/oficinas. E lindas Culturais!!!


Att,
Comissão Organizadora


AXÉ!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Instruções Para o 55º CONEA

Companheirada

            Estamos com algumas dificuldades de encaminhamentos por conta da Greve na Educação. Mas estamos fazendo de tudo para garantir um lindo CONEA. Temos garantia de um local de alojamento pela Reitoria, que tem sido nossa parceira nessa construção. Serão salas de aula ou outras estruturas que temos na Universidade caso as aulas tenham voltado.

Então tragam:
·         Colchão Inflável, Colchonete ou Saco de Dormir e roupa de cama;
·   Roupas leves e Agasalho (Estamos no Nordeste, mas pode fazer um friozinho durante a noite);
·         O Velho Kit Militante (Prato, Talheres, Canecas);
·         Kit de Higiene Pessoal (Sabonetes, Shampoo, Toalhas, etc...);
·         Remédio de Uso Pessoal;
·         Protetor Solar para atividades ao ar livre;
·         Barraca caso haja necessidade de acampar;
·         Materiais de ornamentação (Bandeiras, etc...);
·         Materiais Característicos de suas culturas locais;
·         Instrumentos Musicais, Alegria e Muita Animação!!!

Axé!

Últimos dias de inscrição por 50 reais


Companheirada!

Aproveitem os últimos dias de inscrição do nosso CONEA por 50 reais!
Esse valor "promocional" vai até dia 30 deste mês e a partir do dia 31 as inscrições já estarão com um reajuste, que ainda está sendo avaliado pela Comissão Organizadora.
Lembrando que o valor garante os materiais e a alimentação (café, almoço e janta) durante os 9 dias de congresso.



Estamos ansiosamente aguardando a presença de tod@s aqui em Cruz das Almas pra fazer um lindo CONEA!

HáBraços!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

"Violações de direitos humanos no Quilombo Rio dos Macacos são denunciadas aos Organismos Internacionais"


Com as denúncias, a expectativa é que a ONU, OIT e OEA pressionem o Estado brasileiro a reconhecer o território do Quilombo Rio dos Macacos e suspender reintegração de posse marcada para o dia 01 de agosto

24/07/2012


Entidades de defesa de direitos humanos apresentaram, nesta terça-feira (24), às Organizações das Nações Unidas (ONU), à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) documento que aponta e denuncia diversas violações de direitos humanos cometidas pela Marinha do Brasil contra a Comunidade Quilombola Rio dos Macacos, na Bahia.
O Quilombo Rio dos Macacos, localizado no bairro de São Tomé de Paripe, no limite da cidade de Simões Filho e Salvador, é formado por 70 famílias que vivem tradicionalmente no local há mais 150 anos. A área tornou-se palco de uma disputa judicial e territorial a partir da década de 60, com a doação das terras pela Prefeitura de Salvador à Marinha do Brasil. Atualmente, o território é alvo de uma ação reivindicatória proposta pela Procuradoria da União, na Bahia, que pediu a desocupação do local para atender as necessidades futuras da Marinha.

No início do ano, o conflito se intensificou e assumiu ampla repercussão nacional e internacional por envolver, de um lado, a resistência das famílias para permanecerem em seu território, e do outro, graves violações de direitos em suas dimensões políticas, sociais, culturais, econômicas, ambientais e históricas, todas protagonizadas pelo Estado brasileiro.

Entretanto, a resistência das famílias vem garantindo passos importantes na luta pela permanência em seu território. No último dia 17, a Defensoria Pública da União na Bahia (DPU/BA) entrou com um pedido de suspensão do processo que ordena a retirada das famílias da área. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também deve enviar à Brasília, nesta semana, o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) que reconhece a região como quilombo, para publicação em Diário Oficial da União (DOU) e assinatura da presidenta Dilma Rousseff.
As famílias quilombolas e entidades de Direitos Humanos acreditam que a entrega do dossiê aos organismos internacionais fortalecerá a luta pelo reconhecimento do território da comunidade. A expectativa é que após as denúncias, os organismos pressionem os governos federal e estadual (BA) e o Poder Judiciário a reconhecerem o território do Quilombo Rio dos Macacos e suspender a reintegração de posse marcada para o dia 01 de agosto.

O documento apresentado contém 17 páginas que trazem um conjunto de informações sobre a história do quilombo, a luta na esfera judicial e diversos relatos dos moradores e moradoras sobre o cotidiano de ameaças e atos de violência praticados por militares da Marinha. O documento reivindica também o cumprimento de um conjunto de direitos básicos e fundamentais que, em consequência do conflito, não são garantidos à comunidade, como acesso à escola, postos médicos, à água potável, saneamento, energia elétrica, moradia digna, liberdade de associação, direito de ir e vir.
Na ONU, o documento será encaminhado em caráter de urgência ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos; para a Relatoria Especial sobre moradia adequada; o Grupo de Trabalho sobre pessoas de ascendência africana; a Relatoria Especial em matéria de direitos culturais; Relatoria Especial sobre os direitos à liberdade de reunião pacífica e de associação; para a Perita Independente sobre as questões das minorias; Relatoria Especial sobre formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata; Relatoria Especial sobre o direito humano à água potável e ao saneamento e para a Relatoria da Defensores de Direitos Humanos.

Assinam o documento a Associação Quilombola do Rio dos Macacos; a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados/as Federais; a Associação dos/as Advogados/as dos/as Trabalhadores/as Rurais (AATR); Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Crioula; Centro de Referência em Direitos Humanos (UFPB); Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN\BA); Dignitatis - Assessoria Técnica Popular, Quilombo Xis - Ação Cultural Comunitária; MPP - Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais; Articulação em Políticas Públicas do Estado da Bahia; Plataforma DHESCA Brasil, Justiça Global e Terra de Direitos.

Fonte: http://terradedireitos.org.br/biblioteca/violacoes-de-direitos-humanos-no-quilombo-rio-dos-macacos-sao-denunciadas-aos-organismos-internacionais/

"25 de julho é dia de lutar e comemorar a resistência da Mulher Negra ao racismo e sexismo!"

 O Dia da Mulher Negra foi instituído no 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, que teve representação de mulheres negras de mais de 70 países, na República Dominicana, em 1992. O último dia do evento, 25 de julho, foi marcado como o “Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe”.
A data se tornou um marco internacional da luta e da resistência das mulheres negras, com o objetivo de tornar visível o racismo, a discriminação, o preconceito, a pobreza e os demais problemas que herdaram de uma sociedade estruturada no capitalismo, que tem como pilares o patriarcado (sistema de poder dos homens sobre as mulheres) e o racismo (a dominação dos brancos sobre os negros). É por meio dessa data que homenageamos e também refletimos sobre os problemas que as mulheres negras enfrentam durante sua vida, todos os dias.
As mulheres negras na formação do Brasil
A sociedade brasileira foi marcada pelo modo de produção escravista colonial, onde a mão-de-obra era de escravos trazidos da África. A chegada das mulheres africanas marcou a formação social brasileira, pois elas trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, os costumes, a alimentação, a medicina e a arte, além de introduzirem métodos agrícolas, vários produtos e valores coletivos no Brasil. Este novo país impôs papéis sociais para essas mulheres negras que passaram a ser brasileiras. As mulheres negras foram escravizadas e exploradas pelos senhores, mas pelo fato de serem mulheres, também foram exploradas sexualmente, foram usadas como prostitutas, também cumpriram com o papel de alimentar gerações de crianças brancas, sendo, por diversas vezes, forçadas a abandonar seus próprios filh os. Esses são alguns fatos que demonstram a situação desumana da mulher negra desde sua chegada no Brasil, que têm reflexos até os dias de hoje.
As mulheres negras compõem uma boa parte da população brasileira, 44% das mulheres são negras. Entre as mulheres negras e brancas existem muitas diferenças. As mulheres negras possuem menos anos de estudos que as mulheres brancas e recebem um salário cerca de 50% menor. 90,23% da população negra economicamente ativa está no emprego doméstico, enquanto na população branca este percentual é de apenas 6,1%. A maioria das mulheres negras chefes de família (60%), isto é, sem companheiro para contribuir com a renda, tem rendimento de até um salário mínimo. A morte materna é mais freqüente entre as mulheres negras do que entre as mulheres brancas, em razão de sofrerem mais com hipertensão e diabetes, além do mal-tratamento médico. As mulheres negras são mais violentadas que as m ulheres brancas. Mulheres negras, entre 16 e 24 anos, têm três vezes mais probabilidade de serem estupradas que as mulheres brancas.
Apesar de enfrentarem esses problemas, as mulheres negras também foram lideranças militares e políticas de quilombolos e revoltas, tais como Aqualtune, Dandara, Filipa, Luísa Mahim, entre tantas outras que ousaram lutar contra o regime de escravidão. Hoje as mulheres negras continuam lutando contra todas as formas de exploração e opressão, são mulheres guerreiras, que vivem nas periferias urbanas e batalham todos os dias pela vida! São exemplo e inspiração de força e resistência para aqueles/as que sonham com a Revolução Brasileira!
Por isso, na semana do dia 25 de julho, o Levante Popular da Juventude realizará ações em diversos estados do Brasil, com o objetivo de avançarmos na luta, na formação e na organização sobre essa questão central na construção do Projeto Popular: as mulheres negras!

“Mulher guerreira da periferia
Luta todo dia contra a opressão
Vem mulher, com lenço no rosto
Conquistar o mundo, com a gente também”

Fonte: http://levante.org.br/25-de-julho-e-dia-de-lutar-e-comemorar-a-resistencia-da-mulher-negra-ao-racismo-e-sexismo/#more-1105